Both AMRs and AVGs are efficient automated goods transportation systems

AMR vs. AGV: quais as diferenças e qual é melhor?

13 set 2022

Optar por sistemas de transporte automático de mercadoria, como os AGVs (Automatic Guided Vehicles) ou os AMRs (Autonomous Mobile Robots), é uma forma muito eficiente de conectar diferentes áreas de um armazém, centro logístico ou fábrica. Tal como os transportadores automáticos, são utilizados em ambientes com um fluxo de material contínuo e repetitivo, economizando tempo, aumentando a produtividade e reduzindo o número de acidentes. 

Os AGVs, veículos automatizados que se movem de forma guiada, dominaram o mercado nas últimas décadas. No entanto, nos últimos anos surgiu um forte concorrente: os AMRs, também conhecidos como robôs autônomos inteligentes, que se movem e trabalham sem rotas prefixadas.

Mas, quais são as diferenças existentes entre ambos os sistemas de transporte automático? Os AMRs acabarão substituindo os AGVs? Qual sistema de transporte é melhor? Vamos analisá-lo através deste artigo.

Sistema de navegação: guiado vs. autônomo

A principal diferença entre os AMRs e os AGVs é o sistema de navegação utilizado. Enquanto os AGVs se movem seguindo uma rota predefinida detectada através de sistemas guiados a laser ou filoguiado, os robôs autônomos AMR adaptam seu percurso de acordo com as informações que recebem do ambiente em tempo real. Além disso, os AMRs conectam-se ao Sistema de Gerenciamento do Armazém (como o Easy WMS da Mecalux) e ao ERP da empresa determinando aonde deve ir a cada instante. 

Dessa forma, e através de tecnologias como a inteligência artificial e o machine learning, os AMRs podem configurar seu percurso pelo armazém mediante planos pré-carregados, sem necessidade de guias, cabos, bandas magnéticas ou sensores. Por isso, os AMRs são classificados como autônomos. 

Por outro lado, os AGVs possuem uma inteligência mínima integrada e se movem de forma guiada através de um circuito fechado, obedecendo instruções de programação simples que leem por RFID ou recebem por Wi-Fi.

Adaptabilidade: circuito fechado vs. circuito livre

Os AGVs, ao serem movidos através de um circuito fechado, são altamente eficazes ao se deslocarem por um percurso que foi anteriormente definido e que não deve ser modificado. Isso significa que quando encontram um objeto que atrapalha seu movimento, como uma caixa ou um palete, param imediatamente para evitar uma colisão e esperam que este seja retirado. 

Já os AMRs, ao utilizarem a inteligência artificial e dispor de câmeras, sensores e scanners a laser integrados, são capazes de criar um trajeto alternativo caso encontrem algum objeto. De fato, os AMRs modificam constantemente sua rota para encontrar a mais eficaz, por isso são considerados um sistema de transporte automático mais flexível do que os AGVs.

Os AGVs sempre seguem o percurso de um circuito fechado e definido anteriormente
Os AGVs sempre seguem o percurso de um circuito fechado e definido anteriormente

Preço: custo por robô e custo da instalação

Qual sistema de transporte automático é mais barato, o AGV ou o AMR? O custo por robô do AGV normalmente é inferior ao do AMR. No entanto, é importante considerar que os AGVs exigem modificações na infraestrutura para instalar os cabos ou as bandas magnéticas necessárias para a navegação dos veículos. Essas adaptações do armazém representam um custo adicional ao das unidades. 

Pelo contrário, o custo unitário dos AMRs é mais alto em relação aos AGVs, mas não é preciso fazer modificações significativas no armazém. No entanto, o pavimento deve satisfazer certos requisitos para que o deslocamento seja fluido e estável.

Para avaliar o preço global de cada sistema devemos considerar o número de unidades a instalar e a facilidade para fazer modificações no centro logístico. Se o armazém vai ser projetado desde o início e os fluxos de materiais vão ser constantes, os AGVs serão mais rentáveis do ponto de vista econômico. No entanto, se tivermos um armazém com fluxos variáveis onde é difícil fazer alterações, os AMRs serão um investimento mais razoável.

Segurança: rota definida vs. improvisação 

Ambos os sistemas são altamente seguros graças aos inúmeros dispositivos e complementos de segurança disponíveis, como sensores a laser, câmeras, proteções, etc. 

Os AGVs proporcionam uma maior sensação de segurança uma vez que se deslocam por um percurso já definido, pois os operadores já memorizaram o percurso e o comportamento que os robôs terão o tempo todo. 

Por outro lado, o comportamento dos AMRs é mais imprevisível, com mudanças de sentido e freadas bruscas ao encontrarem um objeto. No entanto, sempre garantem uma circulação livre de acidentes.

Em qualquer um dos casos podemos afirmar que um robô ou um veículo equipado com vários sensores é, em geral, mais seguro do que um humano ao volante de uma empilhadeira, pois este está exposto a distrações ou erros. De qualquer forma, os operadores terão que se familiarizar com o funcionamento dos AGVs ou dos AMRs para saber como se comportar em suas proximidades e como pará-los em caso de emergência.

O percurso dos AMRs é extremamente flexível e seguro
O percurso dos AMRs é extremamente flexível e seguro

Velocidade e capacidade de carga: mercadoria pesada vs. leve

Originalmente, os AMRs eram utilizados especialmente para o transporte de cargas mais leves (como caixas) em comparação com os AGVs, destinados ao transporte automático de paletes. Ao longo do tempo os AMRs foram adaptados e modernizados, pois atualmente os grandes fabricantes oferecem veículos AMR preparados para transportar paletes muito pesados. 

Ambos os sistemas de transporte automáticos podem ser personalizados para se adaptar às necessidades de cada cliente. Em geral, podemos encontrar AMRs com capacidades entre 1.500 e 2.000 kg e AGVs que podem transportar até 5.000 kg. 

Quanto à velocidade de movimento, acontece mais ou menos da mesma forma. As funcionalidades oferecidas atualmente em ambos os sistemas de transporte são muito parecidas, alcançando os 2,2 m/s. A velocidade também está sujeita às necessidades, à carga e ao espaço por onde os veículos se movem. 

Outros sistemas de transporte automático

Além dos AMRs e dos AGVs, existem no mercado mais dois sistemas de transporte automático de mercadoria que são muito comuns nos armazéns com um alto grau de robotização e movimento de mercadoria:

  • Transportadores. Os transportadores são compostos por um conjunto de roletes que suportam a carga e a impulsionam ao longo de um circuito. O sistema possui motores elétricos que movem as unidades de carga de forma controlada e segura. Funcionam graças ao software de controle (SCA/WCS), responsável por executar os movimentos e seguir as ordens indicadas pelo WMS. 
  • Sistema de Monotrilho Elétrico (EMS). Sistema composto por carros automáticos, que apresenta duas modalidades: as aéreas e as de solo. Deslocam-se por um trilho eletrificado e tal como os transportadores, exigem um potente software de controle conectado ao Sistema de Gerenciamento de Armazém (WMS). 

Ambos os sistemas de transporte automático podem ser integrados com vários elementos (transportadores de roletes, de cadeias, giratórios, elevadores, etc.) que são combinados ou acoplados em diferentes áreas do armazém de acordo com as necessidades de manuseio da carga.

A principal vantagem desses sistemas em relação aos AGVs ou AMRs é sua alta capacidade de transporte e sua rapidez. Embora tenha o inconveniente de os transportadores formarem um circuito fixo (portanto, não há espaço para a improvisação), podendo dificultar, eventualmente, a circulação dos operadores.

AGV e AMR: qual é melhor?

Dessa forma, os fatores que realmente determinam o melhor sistema de transporte automático estão relacionados ao objetivo, ao âmbito de aplicação e ao planejamento logístico da empresa. Cada um tem seus pontos fortes e fracos, portanto, em função da aplicação ou do ambiente, um deles será o mais indicado. 

Assim, se o projeto exigir trajetos longos, com vários percursos que nem sempre seguem um mesmo padrão ou o centro estiver cheio de obstáculos, os AMRs são mais adequados. A título de exemplo, recentemente a Mecalux equipou o novo armazém da Normagrup, líder espanhol no mercado de iluminação de emergência, com um armazém automático de caixas interligado às linhas de produção através de quatro veículos autônomos inteligentes. Cada vez que a montagem de um kit é finalizada, o Easy WMS da Mecalux notifica o software que direciona os AMRs para que um veículo vá retirá-lo e o leve para a linha de fabricação que esteja precisando dele.

No que se refere aos AGVs, são ideais para percorrer longas distâncias sem obstáculos, já definidas anteriormente, e que não têm expectativas de serem modificadas. Além disso, do ponto de vista econômico são mais rentáveis ao serem implementados em novas construções, uma vez que não é necessário parar a atividade do armazém para fazer a instalação do sistema de filoguiado no solo. É o caso do projeto executado pela Mecalux para o fabricante de papel francês Clairefontaine, onde foi aberto um corredor em uma das laterais do armazém para que só possam circular as máquinas AGV que transferem a mercadoria da fábrica para o armazém.

O que acontece com os transportadores e o Sistema de Monotrilho Elétrico (EMS)? Quando é recomendável optar por esse tipo de transporte automático de mercadoria? Ambos os sistemas oferecem as mesmas vantagens que os AGVs e os AMRs no que se refere ao transporte automático de mercadorias, à sua versatilidade para estabelecer diferentes percursos ou à segurança proporcionada, além de serem mais baratos. Apesar disso, têm uma desvantagem que deve ser considerada: limitam o espaço disponível para a circulação dos operadores e empilhadeiras. 

No caso dos transportadores, são realmente úteis para fazer longas distâncias embora ocupem um espaço fixo. Isso se verifica no armazém de Venis (Grupo Porcelanosa) construído pela Mecalux, onde foi disponibilizado um túnel subterrâneo equipado com transportadores de roletes que percorrem um quilômetro de distância para interligar o armazém à fábrica. 

Em relação ao Sistema de Monotrilho Elétrico (EMS), é recomendável quando for necessário um pouco mais de agilidade, tal como ocorre no armazém de sucos da Sokpol na Polônia, interligado à fábrica mediante este sistema. Trata-se de um sistema de transporte que atinge os 100 m/min e garante um fluxo constante de mercadoria.

Os transportadores automáticos de roletes para paletes cumprem a mesma função que os AMRs e os AGVs
Os transportadores automáticos de roletes para paletes cumprem a mesma função que os AMRs e os AGVs

Um sistema de transporte automático para cada necessidade

Todos os sistemas de transporte automático oferecem uma série de vantagens e inconvenientes que é necessário considerar no momento de colocar em andamento qualquer instalação logística. Os AGVs irão ajudá-lo a dinamizar o transporte interno entre áreas onde o percurso esteja livre de obstáculos, enquanto os AMRs serão altamente eficientes ao interligar áreas onde o tráfego é mais complexo e ocorram mudanças de percurso. 

Para fazer a escolha certa visando obter o melhor desempenho minimizando custos, é recomendável recorrer a uma empresa especializada em assessoria logística que seja capaz de executar projetos com qualquer um dos sistemas automáticos de transporte do mercado, como a Mecalux. Somos especialistas proporcionando soluções logísticas integrais, pois oferecemos sistemas de armazenagem personalizados que permitem atingir a eficiência em cada um dos processos. Se quiser reforçar sua cadeia de suprimentos entre em contato conosco, teremos prazer em assessorá-lo e encontrar uma solução à sua medida.