O código SKU é usado para identificar produtos no armazém

O que é SKU? Significado e uso no armazém

20 fev 2020

O código SKU ou Stock Keeping Unit é um dos elementos fundamentais para ter controle e gerir o stock no armazém. O SKU é o número de referência único de um produto, conforme aparece registrado no sistema da empresa.

Que características definem o código SKU?

Explicamos o significado de SKU ou Stock Keeping Unit para a gestão do inventário:

  • Identifica a menor unidade de venda. Por exemplo, numa empresa de calçados um dos seus códigos SKU poderia ser um par de ténis branco, número 41, de um determinado modelo (e não cada ténis individualmente, porque não são vendidos separadamente).
  • Um SKU é um código único composto habitualmente por letras e números. Normalmente, a partir dele é possível deduzir o produto ao qual se refere, embora também existam códigos não intuitivos gerados automaticamente por sistemas informatizados. Seguindo o exemplo anterior, um SKU muito básico para um par de ténis branco, número 41, modelo XYZ poderia ser DEPOR-XYZ-BLN-41.
  • Os códigos SKU são gerados pelo ERP da empresa, enquanto o WMS liga-se a ele e gere em todas as operações do armazém.
  • Os parâmetros sobre os quais se cria um SKU são definidos a partir dos atributos do produto armazenado e cada combinação origina um código SKU diferente. O par de ténis branco, número, 41 terá um SKU, mas aos de número 39 será atribuído um Stock Keeping Unit diferente.
  • A sua finalidade é registrar as características de cada produto armazenado num lugar determinado. Ao representar a unidade armazenada de forma mais detalhada, o SKU (Stock Keeping Unit) permite que o stock disponível no armazém tenha uma maior precisão e uma melhor rastreabilidade das referências em diferentes etapas da cadeia de fornecimento.
  • Se tivermos várias unidades da mesma referência, essas vão compartilhar o SKU, pois são indiferentes.
  • Os SKU também podem referir-se a serviços, mas aqui focamos a sua utilidade para a gestão de inventário no armazém.
A definição de código SKU deve ser feita tendo em consideração as características do inventário da empresa
A definição de código SKU deve ser feita tendo em consideração as características do inventário da empresa

Que diferença existe entre os códigos SKU, EAN ou UPC?

Os códigos SKU no armazém são a chave mestra que abre as portas de um controle de inventário exato. Mas, na prática, o rastreamento dos produtos é realizado fazendo scanner dos códigos de barras que registram cada movimento de stock no software.

É por isso que com frequência os códigos SKU são confundidos com os EAN (Europeam Article Number) ou UPC (Universal Produt Code), ou genericamente denominados “códigos de barras”.

Então, o que são os SKU se os compararmos com os outros formatos? Para esclarecer qualquer dúvida, exibimos na seguinte tabela as principais diferenças, tais como:

SKU Códigos de barras (UPC, EAN)
É alfanumérico. É uma sucessão de números.
O seu comprimento é variável, embora seja recomendável ser curto (entre 8 e 12 caracteres). 12 dígitos, que são acompanhados de um código de barras que é scaneado.
Cada empresa pode definir os parâmetros que o formam em função dos produtos manuseados. Há padrões internacionais que regulam como os códigos de barras devem ser configurados. São geridos pela organização mundial GS1.
Reflete informações sobre o produto útil para gerir o inventário da empresa: cores, tamanhos, localização no armazém… É composto de informação útil para identificar os fabricantes, empresas comercializadoras, origem de produção…
É de uso interno. Pode ser diferente em cada empresa que comercializar o produto. É de uso externo. É o código universal que acompanha o produto. Permanece estável durante a sua passagem por toda a cadeia de fornecimento.

O crescimento desmesurado do SKU: tendência e desafio ao mesmo tempo

Muitos armazéns estão a enfrentar o desafio representado pelo crescimento desmesurado do SKU, um fenómeno que se conhece em inglês como SKU proliferation.

A origem dessa tendência reside no fato dos clientes demandarem uma oferta de produtos muito variada e exigirem uma disponibilidade imediata. Por isso, é fácil que o número de referências armazenadas cresça significativamente, aumentando o stock mínimo assumível.

Manusear essa complexidade é crucial, por isso as estratégias de gestão de stock exigem ferramentas avançadas que saibam resolver todas essas situações. A finalidade é otimizar ao máximo o stock disponível e a localização no armazém, sendo cada vez mais difícil consegui-lo sem contar com um potente Sistema de Gestão de Armazéns (WMS) que centralize as informações e as utilize para melhorar o funcionamento global da instalação de armazenagem.